Música

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

41-"O maior erro da tua vida foi cometido comigo!"

[SOFIA]
Percorri ao lado do Nolito e com o médico à frente todos aqueles corredores que nos levavam à sala onde estava a pessoa compatível com o meu irmão a iniciar o processo de doação de sangue. Assim que o médico parou percebi que finalmente tinha-mos chegado. O médico fez sinal para entrar-mos, entrei e o meu olhar percorreu de imediato todas as pessoas que estavam sentadas naquelas cadeiras a fazer o mesmo processo. E encontrei a pessoa! A pessoa que eu menos esperava.

-Pai!-Disse eu.

-Sim! Sou mesmo eu!-Disse ele, a sorrir.

-Tens a certeza que queres mesmo fazer isto?-Perguntei eu.

-Sim! Eu pensei muito depois do teu telefonema e hoje cedo apanhei o avião.-Disse ele.

-E nunca te vamos ficar a dever isto?-Perguntei eu.

-Não! Ele é meu filho e se eu não o ajudasse não estava a ser pai mas sim um grande hijo de puta como tu disseste.-Disse ele. Acabamos por soltar todos uma grande gargalhada.

-Desculpa isso mas enervei-me.-Disse eu.

-Tinhas razões para isso! Mas não te podes enervar! Olha o meu neto!-Disse ele. As palavras dele e o olhar dele na direcção da minha barriga fizeram-me perceber que talvez esteja a mudar de atitude e aquele coração frio esteja a transformar-se num coração mole.

-Podes tocar!-Disse eu pegando na mão dele e pus-a na minha barriga. 

-Está tão grande! Estás de quanto tempo?-Perguntou ele.

-De 5 meses e 1 semana!-Disse eu.

-Sofia! Desculpe mas tem de vir comigo! O seu irmão precisa de si.-Pediu-me o médico que entrou der repente dentro da sala. Via-se que tinha vindo a correr e estava bastante preocupado.

-Mas o que é que aconteceu?-Perguntei eu.

-O seu irmão teve uma paragem respiratória mas já recuperou. Continua fraco e pediu para falar consigo.-Disse ele.

-Ainda não começou a transfusão?-Perguntei eu.

-Vai começar agora!-Disse o médico.

-Então vamos lá!-Disse eu.


Voltá-mos a percorrer todos aqueles corredores até ao quarto do meu irmão.
-Mana!-Disse ele assim que me viu.

-Então? Que se passa?-Perguntei eu.

-Quero despedir-me de ti!-Disse ele.

-Não digas disparates!-Disse eu.

-Não são disparates, eu vou morrer.-Disse ele.

-Não vais nada.-Disse eu, aproximando-me dele e agarrando-lhe na mão.

-Vou, eu sinto que sim. Já tenho poucas forças.-Disse ele, deixando cair algumas lágrimas.

-Tens de aguentar. Depois da transfusão vais ficar bem.-Disse eu.

-Sim, agora num instante recupera.-Disse o Médico que assistia a tudo.

-Não sei se tenho forças para aguentar.-Disse ele.

-Tens! Mas não fales mais, descansa.-Disse eu.

-Eu descanso mas fica aqui comigo por favor.-Disse ele. Eu acenei com a cabeça e sentei-me na cadeira ao lado da cama dele. Ele ajeitou-se na cama e fechou os olhos. De cada vez que isso acontecia eu procurava sempre a máquina que registava os batimentos cardíacos dele e só descansava quando percebia que tudo estava bem.

-Mano?-Perguntei eu.

-Sim?-Perguntou ele.

-Aguenta por ti e por nós, por todos os que gostam de ti.-Disse eu. Nesse momento já uma enfermeira tinha colocado tudo para que o processo de transfusão se iniciasse. 

[JOANA]
-Tens a certeza? Pensa bem.-Perguntou o Lima.

-Tenho a certeza!-Disse eu.

-Eu não te vou julgar.-Disse ele.

-Pronto, estive.-A minha cabeça viajou até há três meses atrás e recordou aquela noite. Tinha sido um erro e agora esse erro podia ter resultado num filho.


-Posso saber com quem?-Perguntou o Lima. Como eu gostava de conseguir responder à pergunta dele mas a verdade é que não conseguia. Sentei-me no sofá e fiquei a olhar o vazio, não consegui olhar para o Lima. 

-Não sei.-Disse eu, ainda sem olhar para ele.

-Não sabes?-Perguntou ele confuso.

-Não. Eu cometi o pior erro da minha vida ao ir para a cama com um homem que não conhecia, no dia em que acabei com o Miguel, eu já estava bêbada e e ele também.O pai pode ser um homem qualquer.-Disse eu, começando a chorar.

-Calma! Não chores!-Disse ele sentando-se ao meu lado.

-Deves ter nojo de mim, está com uma rapariga que teve um caso de uma noite e que está neste momento gravida de um homem que nem sabe quem é. Eu não te mereço.-Disse eu.

-Não digas isso. Todos nós cometemos erros. Até eu.-Disse o Lima.

-Tu?-Perguntei eu.

-Sim. Podia ser eu neste momento a ter uma rapariga atrás de mim porque ia ter um filho meu. Os erros que tu cometes-te eu também os cometi.-Disse ele.

-Mas não tens. E agora o que é que eu faço?-Perguntei eu.

-Agora vais te acalmar, limpar essas lágrimas e contar-me tudo sobre essa noite.Pode ser que juntos consigamos descobrir alguma pista que nos leve a essa pessoa.-Disse ele.

-Duvido muito que alguma vez eu chegue a saber quem é o pai desta criança mas eu conto.-Disse eu. Limpei as lágrimas, respirei fundo e comecei a recordar aquela noite de copos à três meses atrás.


[RECORDAÇÕES JOANA ON]*6 de Fevereiro de 2013
Tinha regressado a Lisboa à dois dias, depois de ter terminado tudo com o Miguel. Depois de um dia enfiado em casa a chorar, as minhas amigas convenceram-me a sair de casa com o único objectivo de nos divertirmos.
Eram 21h, eu tinha acabado de me arranjar e elas já me esperavam na sala. Alguns minutos depois saímos as três, rumo a uma discoteca perto de casa.
Já na discoteca aquilo que era para ser uma noite de diversão transformou-se numa noite de copos. Bebi, bebi e bebi até saber que devia parar. Claro que resultou num bebedeira, há quem lhe dê para chorar, outros para rir mas a mim, apesar de já estar com a visão um pouco turva deu-me para dançar que nem uma doida e meter-me com vários homens até que  um que estava encostado ao balcão a beber me chamou a atenção.
-Olá!-Disse eu a sorrir.

-Olá!-Disse ele.

-Eu estava ali a olhar para ti e a pensar que homem tão bonito e aqui sozinho e então decidi vir conversar contigo.-Disse eu, poisando a mão no peito dele.

-Como podes ver não estou nas melhores condições para conversar.-Disse ele.

-Até parece que eu estou.-Disse eu, desequilibrando-me.

-Pois já deu para perceber!-Disse ele provocando uma grande gargalhada nos dois.

-E se saíssemos daqui e fossemos até minha casa?-Perguntei eu pondo a minha mão por baixo da camisola dele.

-É uma proposta tentadora.Mas vamos antes para o hotel.-Disse ele.

-E eu não sou uma tentação?-Perguntei eu a sorrir.

-E que tentação....és um pecado.-Disse ele levantando-se e pondo a mão na minha cintura.

-Vamos?-Perguntei eu.

-Sim!-Disse ele. Acenei às minhas amigas que ia embora e saí da discoteca agarrada a ele e ele a mim e tentávamos ao máximo não cairmos no chão, o que não acontecia por muito pouco e que provocava grandes gargalhadas entre os dois.

Por sorte depressa apareceu um táxi. Ele indicou o hotel ao taxista  e num instante lá chegamos. Pelo caminho nada falamos, apenas trocamos algumas carícias e alguns sorrisos. Entrámos no hotel, ele foi até à recepção reservar um quarto e assim que estava tudo tratado, subimos os dois até ao quarto.
Ainda a porta do quarto se tinha fechando já nos beijava-mos loucamente.
              
Depressa esquece-mos os beijos e tudo o resto para nos livrar-mos das nossas roupas. Depressa nos entregá-mos àquela loucura e a uma pressa enorme para juntar-mos os nossos corpos e matar-mos o desejo que sentia-mos que também já era um pouco devido ao álcool.
Depois de toda esta loucura de pouco me lembro, provavelmente adormecemos. Lembro-me sim de acordar no dia seguinte deitada naquela cama ao lado de um homem que não sabia quem era e com um grande dor de cabeça. Ao aperceber-me do erro que tinha cometido e ao vê-lo ainda a dormir, agarrei na minha roupa toda e sai dali a correr.
Só mais tarde é que dei conta do tamanho do meu erro: fui para a cama com um homem que nem o nome sei e sem protecção alguma.
[RECORDAÇÃO JOANA OFF]*

Assim que acabei de contar tudo ao Lima, olhei para ele e estava com um sorriso no rosto.
-Mas eu conto-te o maior erro da minha vida e tu riste-te?-Perguntei eu ao Lima.

-A discoteca era em Lisboa e o hotel no Parque das Nações?-Perguntou ele.

-Sim. Mas...como é que sabes isso?-Perguntei eu, confusa.

-O maior erro da tua vida foi cometido comigo!-Disse ele.

-Se fosse contigo não tinha sido um erro. Ah? Mas porque é que dizes isso?-Perguntei eu.

-Porque eu cometi esse mesmo erro, conheci a rapariga numa discoteca em Lisboa e depois fomos para o hotel no Parque da Nações. E foi também à três meses e eu tinha acabado com a minha namorada.-Disse ele.

-E qual é a probabilidade de ter sido eu?-Perguntei eu.

-Muita, mesmo muita!-Disse ele a sorrir.

-E se estava-mos na mesma discoteca mas não foi um com um outro que passamos a noite?-Perguntei eu.

-Era coincidências a mais.-Disse ele.

-Então este filho deve ser teu!-Disse eu a sorrir.

-Sim!-Disse eu.

-Ainda estou parva com isto!-Disse eu abraçando o Lima.
             
-Também eu!-Disse ele.

-E afinal não foi um erro!-Disse eu.

-Foi o melhor erro que cometes-te.-Disse o Lima a rir-se à gargalhada, dando-me um beijo de seguida.















3 Meses Depois....
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Olááá a Todas!
Espero que tenham gostado!´
Hoje não deixar perguntas, fica ao vosso critério escrever nos comentários o que quiserem.
Fico à espera dos vossos comentários!
Besos!

domingo, 25 de agosto de 2013

40-"Isto soou a despedida."

Olá!
E aqui está mais um capítulo!
Já lá vão 5 meses e 40 capítulos desde que conheci este mundo e que escrevo.
Quero dedicá-lo a todas que lêem esta fic e em especial a quem comenta.
E quero dedicá-lo em especial à Ana Patrícia Moreira que meu deu a conhecer este mundo e que lê a fic.
Acho que posso dizer que se não tivesse conhecido este mundo, hoje a minha vida não era a mesma coisa xD
Bem, espero que gostem do capítulo!
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-O Miguel está no hospital e precisa de uma transfusão de sangue. Tens de vir cá, por favor!-Do outro lado nada ouvi, apenas uma gargalhada. O que é que aquilo significava? Ele estava a gozar com a situação?

-O que é que eu tenho a ver com isso?-Perguntou ele.

-O que é que tens a ver com isso?Ele está a morrer!-Disse eu a desesperar.

-Vocês nunca quiseram saber de mim e agora que precisam já souberam ligar!-Disse ele. Aquelas palavras geraram uma grande revolta dentro de mim.

-Joder! Ele é teu filho!-Ele desligou-me o telefone.-Eres un hijo de puta!-Disse eu completamente descontrolada e atirando o telemóvel contra a parede.Ele é meu pai mas as palavras dele revoltaram-me e fizeram-me perder a calma.

-Calma! Olha os nossos minimeus, tens de te acalmar!-Disse o Nolito.

-Acalmar? Ele ainda gozou com a situação! Hijo de puta!-Disse eu. O Nolito segurou-me nas mãos e deu-me um abraço. Estive-mos assim mais de 10 minutos, eu chorava e o Nolito fazia-me festas na cabeça.
                         
-Traga um copo de água com açúcar se faz favor!-Ouvimos alguém dizer. Era o médico que falava com a enfermeira.

-Como é que está?-Perguntou o Médico.

-Ela está muito nervosa!-Disse o Nolito.

-Tem de se acalmar, se não tem de ser vista por um médico e ainda acaba aqui internada também.-Disse o Médico. A enfermeira voltou com o copo de água com açúcar que eu bebi logo.

-Vou tentar.-Disse eu.

-O seu irmão já foi operado!-O meu coração voltou a disparar.-A operação correu bem mas ele perdeu muito sangue e continua a precisar de uma transfusão de sangue, está muito fraco.

-A minha mãe já está a vir para cá. E o meu pai não se pode contar com ele.-Disse eu.

-Quantas mais pessoas fizerem análises melhor!-Disse o Médico.

-Eu já falei com os meus colegas de Equipa e com alguns jogadores do Benfica.-Disse o Nolito.

-Posso ver o meu irmão?-Perguntei eu.

-Pode mas não fique muito tempo lá. E ele ainda não acordou da operação e caso acorde não o cansem muito. A Maria e o Tiago estão no quarto ao lado.-Disse ele.


O Médico foi connosco até ao quarto onde estava o meu irmão e depois foi-se embora. Parei perto da porta, olhei o Nolito e abri a porta.
Assim que entrei vi ao fundo a cama onde estava o meu irmão e lá estava ele, ligado ao oxigénio e a máquinas, frágil. E eu? Eu senti-me com nunca me tinha sentido. Sentimento de impotência, não podia fazer nada, só esperar, esperar que aquele corpo que está ali deitado, sem forças e agarrado por pouco à vida volte a ser o que era, uma pessoa cheia de vida, divertida, o meu irmão.
Aproximei-me dele e segurei-lhe a mão.
-Tenho tanto medo de te perder!-Disse eu. Prometi a mim mesmo que ia ser forte e não chorei. Ali não.

-Mas nós estamos aqui a torcer por ti, vamos encontrar alguém que tenham o mesmo tipo de sangue que tu!-Disse eu, fazendo-lhe uma festa na cara sem nunca largar a mão dele.

-Amanhã nós voltamos!-Disse eu ao mesmo tempo que ia a largar a mão dele. Mas não consegui. Ele apertou-a com todas as forças que tinha, que não eram muita. Olhei para ele que tentava abrir os olhos mas a muito custo.

-Mana...-Disse ele em forma de sussurro.

-Não fales...descansa!-Disse eu.

-Eu gosto muito...-fez uma pausa devido ao cansaço.-...de todos vocês!-Disse ele, fazendo-me soltar uma lágrima.

-E nós de ti! Sê forte!-Disse eu.

-Diz à Maria e ao Tiago...-parou para respirar fundo-...que os amo muito!-Disse ele.

-Eles também gostam muito de ti!-Disse eu.

-Nolito!-Chamou pelo Nolito que até agora se tinha mantido de parte.-Toma bem conta dela!

-Mau! Eu sei tomar conta de mim!-Disse eu numa tentativa de aliviar o ambiente.

-Nem sempre!-Disse ele abrindo um pequeno sorriso que nos fez sorrir também.

-Agora descansa! Nós amanhã voltamos!-Disse eu.

-Ok!-Disse ele, fechando os olhos. O meu instinto foi olhar para a máquina que registava as pulsações do coração dele, estava tudo normal. Caminhá-mos até há porta e saímos.Agarrei-me logo ao Nolito e soltei as lágrimas que tinha contido.

-Tenho tanto medo de o perder.-Disse eu.

-Ele é forte!-Disse o Nolito.

-Isto soou a despedida.-Disse eu.

-E talvez tenha sido o que ele pretendia fazer mas não é! Ele vai continuar a lutar! Ele é forte!-Disse ele.


Depois foi a vez de visitar-mos a Maria e o Tiago. Ela estava bastante triste e preocupada. Tentei ao máximo despreocupá-la e dizer que ele estava melhor mas nada a consolava. O Tiago estava alheio àquilo tudo e chateado de estar no hospital. Estive-mos lá apenas 10 minutos. Quando íamos a sair cruzámos-nos com a minha mãe.
-Mãe!-Disse eu, abraçando-a.

-Ele está tão fraco!-Disse a minha mãe.

-Pois está! Mas vai aparecer uma pessoa compatível e ele safa-se.-Disse eu.

-Esperemos que sim!-Disse ela.


Eram já 19h quando saímos do hospital os três. O Nolito conduziu até casa onde jantá-mos algo rápido. No fim do jantar, fui até ao quarto e já não tive forças para me despir. Deitei-me assim e ainda demorei pelo menos uma hora a adormecer, cada vez que fechava os olhos vinha-me à cabeça a imagem do meu irmão deitado naquela cama.

No Dia Seguinte...
Acordá-mos eram 9h em ponto. Tomei um banho, vesti-me e tomá-mos o pequeno almoço. E saímos mais uma vez para o Hospital. Assim que lá chegá-mos fomos avisados que alguns jogadores do Benfica estava a fazer análises incluindo o Garay que não tinha chegado a fazer no dia anterior. Fui até à sala onde lá estavam eles à espera da vez deles.




  
 
-Bom Dia! Buenos Dias! -Disse eu.

-Bom Dia!-Disseram eles.

-Então muito medo das agulhas?-Perguntei eu.

-É aqui o Enzo, só ainda não fugiu porque dava muito nas vistas.-Disse o Garay.

-Olha quem fala!-Disse o Enzo.

-Agora fora de brincadeiras: Muito Obrigada a todos por terem vindo!-Disse eu.



Despedi-me de todos para voltar à sala de espera. Pelo caminho encontrei o médico que me pediu para ir com ele até ao seu gabinete porque precisava de falar comigo. Fui à sala de espera avisar todos e chamar o Nolito. Depois voltá-mos ao gabinete.
-Aconteceu alguma coisa com o meu irmão?-Perguntei eu.

-Não! Foi encontrado um doador de sangue compatível com o seu irmão!-Disse ele. O meu coração disparou mas desta vez de alegria.

-E vai a tempo de o salvar?-Perguntei eu.

-Não se sabe. Pode ser que sim mas também há a possibilidade de ser tarde demais.-Disse o médico.

-Posso saber quem é?-Perguntei eu.

-É melhor ver com os seus próprios olhos! Está neste momento a iniciar o processo de transfusão de sangue!-Disse o médico.

-Vamos?-Perguntei eu.

-Sim. Eu levo-vos lá!-Disse ele.


JOANA:
Hoje era dia de levantar os exames, a prova para o Miguel de que o filho era mesmo dele. Fomos até à clínica e levantá-mos os exames. Já no carro de novo, tinha vontade de abrir mas ao mesmo tempo medo de ficar com certezas de tudo.
-Queres que abra?-Perguntou o Lima.

-Abre, eu não consigo!-Disse eu. O Lima abriu a carta o mais depressa que pode. Vi-o percorrer com o olhar toda aquela folha que continha o resultado. Em poucos segundos vi aparecer uma expressão de espanto no rosto dele.

-Que foi?-Perguntei eu.

-Deu negativo!-Disse ele.

-Negativo? Não pode ser!-Disse eu, agarrando na folha e confirmando o que o Lima me dizia.

-Tu...estives-te com mais alguém?-Perguntou ele.

-Não!-Disse eu.

-Tens a certeza? Pensa bem.-Perguntou o Lima.

-Tenho a certeza!-Disse eu.

-Eu não te vou julgar.-Disse ele.

-Pronto, estive.-A minha cabeça viajou até há três meses atrás e recordou aquela noite.
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Olá a Todas!!
Espero que tenham gostado!
Que acharam do capítulo no geral? E a reacção do pai da Sofia e do Miguel? E da visita da Sofia ao irmão? Terá sido uma despedida? E que acharam da atitude dos jogadores do Benfica? Quem será a pessoa que é compatível com o Miguel? E afinal o filho não é do Miguel, de quem será? De um desconhecido que nem ela sabe? Será que o Miguel se safa?
Deixem os vossos comentários!
Besos!

sábado, 24 de agosto de 2013

39-"O Nolito não é compatível"

-O que é que aconteceu?-Perguntou o Nolito preocupado. Eu estava assustada, sem qualquer reacção e sem saber o que fazer. O Garay e a Ana já tinham saído da piscina e aproximavam-se também.

-Amor? Responde-me.-Pedia-me o Nolito, segurando a minha mão.

-O meu irmão...a Maria e o Tiago.-Disse eu, com muita dificuldade e a gaguejar. As primeira lágrimas começaram  a cair.

-Não chores, por favor.-passou a mão dele pela minha cara, limpando-me as lágrimas.- Diz-me o que é que aconteceu.-Pedia-me ele.

-Eles..eles tiveram um acidente.-Disse eu, na altura em que mais umas quantas lágrimas teimosas escorriam pela minha cara.

-Mas e disseram como é que eles estavam?-Perguntou ele.

-Só disseram que o acidente foi grave.-Disse eu.

-Vá não chores, por favor.-Rodeou o meu corpo com os braços dele e eu encostei a minha cabeça no ombro dele e voltei a chorar.
            
-Tem calma!-Voltou a limpar-me as lágrimas que tinham caído abruptamente durante o nosso abraço.-Vais ver que vai tudo correr bem e que depressa  eles estão de volta a casa.-Disse o Nolito.

-Sim pensamento positivo!-Disse a Ana que poisou a mão sobre o meu ombro.

-Têm razão!-Limpei as lágrimas e respirei fundo.

-Vamos?-Perguntou o Nolito.

-Sim.-Disse eu.

-Nós também vamos!-Disse a Ana.

-Nem penses!-Disse o Garay.

-Porque Ezequiel?-Perguntou a Ana.

-Ele tem razão! Já basta uma grávida exposta a este stress.-Disse o Nolito.

-Ok nós ficamos!-Disse a Ana.

-Assim que tiverem novidades digam!-Disse o Garay.

-Sim nós avisamos.-Disse eu.


Dei a mão ao Nolito e caminhá-mos até ao carro. O Nolito conduziu até ao Hospital que nos disseram que eles estavam. Assim que lá chegá-mos, estacionamos e dirigimos-nos logo ao balcão que estava à entrada.
-Boa Tarde! Eu sou familiar de Miguel Martins, Maria e Tiago. Deram entrada aqui à pouco tempo.-Disse eu. A Senhora depois de alguns minutos a ver qualquer coisa no computador pediu-me para aguardar na sala de espera.

-Aguarde na sala de espera que o médico já vai falar consigo.-Disse ela.


Fomos até à sala de espera onde esperá-mos mais de 30 minutos. Foram minutos em que não tivemos notícias nenhumas e em desesperei. O Nolito tentava acalmar-me mas eu apesar de controlar o choro estava bastante nervosa. 
-Senta-te um pouco!-Disse o Nolito, depois eu estar há muito tempo de pé e sem parar de andar de um lado para o outro.

-Secalhar é melhor! Estão a demorar tanto!-Disse eu.

-Devem-lhes estar a fazer exames!-Disse ele. Ele tentava a todo o custo afastar o meu pensamento negativo mas sem resultado. Tudo isto porque havia um pensamento que ecoava na minha cabeça. Mantive-me em silêncio até que entrou na sala um médico. Mesmo ainda não sabendo se era para nós, o meu coração acelerou logo.

-Familiares de Miguel Martins?-Perguntou o Médico.

-Somos nós!-Disse eu, levantando-me.

-Sente-se!-Disse o Médico. Voltei a sentar-me, o Nolito sentou-se ao meu lado e o médico nos bancos que estavam à nossa frente.

-Como é que ele está?-Perguntei eu.Fiz a pergunta sem saber se queria ouvir a resposta.

-É melhor falar primeiro dos outros dois familiares.-Disse o médico. Assim que ouvi isto apenas pensei que o médico queria falar do menos grave para o mais grave.

-Então diga!-Disse eu.

-O pequeno Tiago está bem tem só um braço partido e alguns arranhões!-Disse o médico, respirei de alívio mas sabia que o que se seguia não ia ser fácil de ouvir. 

-Ainda bem!-Disse eu.

-Agora a Maria! Neste momento já não corre perigo de vida. No acidente um vidro fez-lhe um corte bastante profundo e cortou-lhe o tendão do braço. Operámos-a mas como tinha perdido bastante sangue correu algum risco. Mas a operação correu bem e ela está a recuperar.-Mais uma vez respirei de alívio mas sabia que o que se seguia ia com toda a certeza ser o pior que eu ia ouvir depois destes minutos de notícias.Olhei o Nolito que percebeu, através do meu olhar, o medo que se estava a instalar em mim. Ele deu-me a mão e apertou-a.

-Agora o seu irmão:ele está a ser operado neste momento. A pancada do acidente provocou uma ruptura do Baço e isso levou a uma hemorragia interna.-Disse o médico.

-Mas...ele...corre risco de vida?-Perguntei eu, a medo.

-Eu vou ter de ser sincero, sim corre.-Disse ele. Naquele momento senti como se estivesse a apagar, e tudo o que o médico e o Nolito me disseram nos segundos seguintes nem ouvi. 

-Sofia está me a ouvir?-Perguntava mais uma vez o médico.

-Sim.-Disse eu.

-Tem de manter a calma!-Disse o médico.

-Sim eu vou tentar.-Estava a tentar manter a calma pelos minimeus mas só eu sabia a vontade que tinha de gritar, de chorar, de tudo.

-Doutor, doutor! Estão a precisar de si no bloco operatório.-Gritou uma enfermeira que entrou a correr na sala de espera.O médico nada disse e saiu a correr e a enfermeira a mesma coisa.

-A culpa disto é toda minha!-Disse eu.Eu era a única culpada de tudo isto, se eu não lhes tivesse pedido para ficarem mais um dia, secalhar nada disto tinha acontecido e eles estavam bem, o meu irmão não estaria neste momento em perigo de vida.

-Não digas disparates!-Disse o Nolito. Eu não tive tempo de responder porque entrou uma enfermeira na sala, dirigindo-se a nós.

-O Doutor pediu para vos informar que o seu irmão vai precisar urgentemente de uma transfusão de sangue! E o tipo de sangue do vosso irmão é raro e não temos esse tipo de sangue disponível.-Disse a enfermeira.

-Eu quero fazer análises!Eu posso ser compatível.-Disse eu.

-A senhora não pode, está grávida!-Disse a enfermeira.

-Eu faço!-Disse o Nolito.

-Então venha comigo!-Pediu a enfermeira.

-Ficas bem?-Perguntou ele.

-Sim. Vai.-Disse eu.


O Nolito foi com a enfermeira e eu fiquei na sala de espera. Sentei-me num banco a pensar em tudo isto. Sentia-me a culpada de tudo. E agora sentia-me impotente, não podia fazer nada, nem doar o meu próprio sangue. Por breves momentos odiei estar grávida. Estava a ser injusta, eram os meus filhos. Mas também estava a pensar no meu irmão, tantos anos sem o ver e agora depois de uma semana maravilhosa, podia perdê-lo, perdê-lo para sempre. Os meus pensamentos foram interrompidos pelo regresso do Nolito.
-Então já está?-Perguntei eu.

-Sim. Eles disseram que daqui a bocado já vem dizer o resultado.-Ele sentou-se ao meu lado.-E tu como é que estás?-Perguntou ele.

-Mal. A culpa disto é toda minha. Minha, de mais ninguém.-Disse eu.

-Não é nada!-Disse o Nolito.

-É, eu insisti com ele para ficarem. Se tivessem ido ontem, isto provavelmente não tinha acontecido e estavam neste momento felizes em casa mas não estão aqui no hospital e a lutar pela vida.-Disse eu.

-Para de dizer isso! Não tens culpa de nada. Aconteceu porque tinha de acontecer.-Disse o Nolito.

-E nem ajudar posso! Que raio de irmã sou eu? Eu quero ajudar! Não quero ficar à espera enquanto o meu irmão está a esvair-se em sangue, quero ajudar. Quero lutar pela vida dele.-Disse eu, com as primeira lágrimas, desde que entrei naquela sala de espera, a começarem a cair.

-E podes ajudar! Podes...olha liga a pessoas que conheças para virem fazer as análises. Eu vou fazer o mesmo!-Disse eu.

-Boa! É isso!-Disse eu. Tirei o telemóvel do bolso na altura que ele começou a tocar. Era a minha mãe. E agora? Coragem para lhe contar tudo? Respirei fundo e atendi.


-Mãe..

-Filha! Como é que está o Miguel? Não me escondas nada.-Disse ela.

-Mas como é que já sabes?-Perguntei eu.

-Ligaram-me do Hospital, a dizer que ele tinha tido um acidente e que precisava de sangue.-Disse ela.

-Sim, é isso!-Disse eu.

-Eu já estou no aeroporto! Mas ele corre risco de vida?-Perguntou a minha mãe.

-Os médicos disseram que sim.Mas ele vai safar-se.-Disse eu, tentando mostrar que estava a lidar bem com isto. Nesse momento chegou uma enfermeira para falar com o Nolito. Percebi logo que o resultado tinha sido negativo. 

-Sim ele é forte.-Disse a minha mãe, mas percebi pela voz dela que tinha mais vontade de chorar do que dizer aquilo.

-O Nolito não é compatível.-Disse eu, triste.

-Já liguei ao teu pai mas ele não me atendeu.-Disse eu

-Eu vou ligar-lhe.

-Ok filha até já.-Desliguei a chamada e nesse momento o Nolito desligou a chamada que estava a fazer também.


-A minha mãe já sabia de tudo e está no aeroporto para vir para cá.-Disse eu.

-Eu liguei ao Garay a dizer como é que estavam as coisas. Ele prontificou-se logo a vir também fazer a análises.-Disse ele.

-Boa! Vou ligar ao meu pai.

Fiz a chamada para o meu pai mas ele não atendeu. Não ia desistir. Liguei mais duas vezes e ele desligou-me as chamadas. Voltei a ligar e ele finalmente atendeu.
-Pai, aleluia! 

-O que é que queres?-Perguntou ele de forma rude.

-O Miguel está no hospital e precisa de uma transfusão de sangue. Tens de vir cá, por favor!-Do outro lado nada ouvi, apenas uma gargalhada. O que é que aquilo significava? Ele estava a gozar com a situação?

terça-feira, 20 de agosto de 2013

38-"Também queres um abraço é?"

No Dia Seguinte...
Acordei por volta das 11h, vesti-me e fui tomar o pequeno almoço. O Nolito estava no treino. Estava quase a terminar quando apareceu o meu irmão, a Maria e o Tiago.
-Bom Dia!-Disse eu.

-Bom Dia!-Disseram eles.

-Olha mana que achas de ir-mos almoçar fora?-Perguntou o meu irmão, pegando numa peça de fruta.

-Olha acho muito bem!-Disse eu.

-E o Nolito?-Perguntou ele.

-Está no treino mas daqui a nada deve chegar.-Disse eu.

Estivemos todos mais um pouco à conversa até chegar o Nolito que assim que chegou passou pela cozinha para dizer adeus e ir tomar banho.
-Agora sim, olá a todos!-Disse o Nolito assim que entrou na cozinha já depois de ter tomado banho.

-Humm que cheiroso!-Disse eu assim que ele me veio dar um beijo.

-Sempre!-deu-me mais um beijo.-Olha o Garay ligou-me quando eu estava  a sair do treino e disse que veio mais cedo e que estava quase a chegar.-Disse o Nolito.

-Boa! Então nós estávamos aqui a combinar ir almoçar fora, assim vamos todos!-Disse eu. Logo a seguir tocaram à campainha. O Nolito foi abrir a porta enquanto nós fomos até à sala.

-E aqui estão eles!-Disse o Nolito assim que chegou à sala com o Garay e a mulher dele. Era uma mulher linda de cabelo comprido, loiro, muito liso, de olhos castanhos, mais ou menos da altura dele e que aparentava ter a mesma idade que ele.


-Olá!-Disse eu, cumprimentando o Garay.

-Esta é a minha mulher, a Ana!-Disse o Garay apresentando-ma.

-Olá!-Disse ela.

-Olá!-Disse eu, aproximando-me e cumprimentando-a.

-E este é o meu irmão Miguel, a mulher dele Maria e o filho Tiago!-Disse eu. Eles cumprimentaram-se todos.

-E já agora bem vindos à nossa humilde casinha!-Disse eu.

-Casinha? Isto é enorme!-Disse o Garay.

-Isso já não tenho nada a ver com isso! Coisa aí do teu querido amigo!-Disse eu, olhando para o Nolito.

-Então vamos dar um volta e depois almoçar?-Perguntou o Nolito.

-Sim!-Disse o Garay e a Ana.

Saímos todos. O meu irmão, a Maria e o Tiago num carro e eu, o Nolito, o Garay e a Ana noutro. Ainda demos umas voltas de carro e depois é que fomos para o restaurante. Fizemos os nossos pedidos  enquanto esperávamos decidi conversar um pouco com a futura madrinha do Pablo. Depois de alguma conversa e de a conhecer melhor, decidi que estava na hora de fazer o convite para padrinhos.
-Acho que está na altura de dizer a principal razão de vos termos convidado para virem até cá!-Disse eu.

-Ahh há uma razão, pensei que tinham só saudades minhas!-Disse o Garay.

-Sempre convencido! Mas vá deixa lá ouvir!-Disse a Ana.

-Nós queremos que vocês sejam os padrinhos de um dos nossos meninos, o Pablo!-Disse eu.

-Aceito! Aceito!-sorriu.-Eu vou ser padrinho! Adoro bebés!-Disse o Garay.

-E tu Ana aceitas?-Perguntei eu.

-Sim claro que aceito!-Disse ela.

-Ainda bem!-Disse eu.

-Nós, além de pais, vamos ser padrinhos!-Disse o Garay, beijando a Ana.

-Olha aí Ezequiel!-Disse a Ana.

-Que foi?-Perguntou ele.

-Estamos à mesa e estão todos a olhar para nós.-Disse a Ana baixinho.

-Ana, não faz mal! Beijem-se à vontade! Vocês são o casal mais fofo que eu já vi.-Disse eu.

Depois de mais alguns minutos de conversa, chegaram os nossos pedidos. Almoçá-mos muito calmamente e no fim do jantar ainda  aproveitá-mos para fazer um brinde à felicidade de todos. No fim voltámos para casa.
-Vocês bem que podiam ficar até amanhã!-Disse eu para o meu irmão assim que entrá-mos em casa.

-Não sei!-Disse ele, olhando para a Maria.

-Tu é que sabes!-Disse a Maria.

-Pronto, nós ficamos!-Disse ele.

-Vou pôr o Tiago a descansar um pouco!-Disse a Maria.

-E eu vou descansar um pouco!-Disse eu.

-Nós vamos um pouco para o jardim.-Disse o Nolito que foi para o jardim com o Garay, o meu irmão e a Ana.

-Eu já lá vou ter!-Disse a Maria.


Fui para o meu quarto com o intuito de descansar um pouco mas não aguentei e liguei para a Joana, precisava de saber de novidades. Depois de alguns, ela lá atendeu.
-Joana!-Disse eu.

-Olá guapa!-Disse ela.

-Então como é que correu?-Perguntei eu.

-Como eu já esperava! Ele não acreditou e agora fizemos testes para ele confirmar que é mesmo o pai! O resultado sai depois de amanhã e, por isso, vamos ficar aqui à espera.-Disse ela.

-E tu como estás?-Perguntei eu.

-Bem! Já estava à espera disto! Agora é esperar que isto passe para poder estar ao lado do homem que amo sem problemas!-Disse ela.

-Ainda bem que está tudo bem!-Disse eu.

Depois de mais alguns minutos de conversa acabá-mos por desligar. Depois ainda descansei umas horas. Enquanto isso o resto do pessoal aproveitou a tarde para banhos na piscina.
Assim que acordei pus-me logo na cozinha a começar a preparar o jantar. Em pouco tempo apareceram todos na cozinha e não me deixaram continuar e foram todos em conjunto que o fizeram.
No fim do jantar os rapazes decidiram jogar Play Station enquanto nós assistia-mos. Acabou por chegar a altura de um frente a frente entre o Garay e o Nolito.
-Hora da escolha das equipas!-Disse eu.

-Eu escolho o Benfica!-Disse o Garay.

-E eu o Celta de Vigo claro!-Disse o Nolito.

-Isto vai ser bonito!-Comentou o meu irmão. O jogo começou fui renhido e chegou ao intervalo sem golos. Assim que começou a segunda parte o Garay marcou.

-Golllooo!!Salvio!!-Gritou o Garay.
                                              

-Só mesmo com o esses! Vê lá se marcas com o Garay, não consegues!-Disse o Nolito.

-Essa doeu!-Disse ele. Enquanto estavam na conversa o Garay distraiu-se e o Nolito marcou.

-Goollllloo!!-gritava enquanto corria à volta da mesa da sala.-O Celta é o maior!- Disse o Nolito, fazendo-me logo lembrar do dia da ecografia em que o Nolito festejava o sexo dos bebés como se fossem golos. O jogo estava quase a acabar e continuavam empatados até que o Garay marcou e o jogo terminou.

-Gollloooo!!Gollloo do....Nolittoo!!-Gritou o Garay. O jogo ainda não era o mais recente e o Nolito ainda fazia parte do Benfica. Isso fez com que todos se desmanchasse-mos a rir e ainda mais com a reacção do Nolito.
-Goolllooo!! Nolliittoo!!-Gritou o Nolito, fazendo-nos rir ainda mais.

-Mas tu estás a festejar o golo da equipa adversária?-Perguntei eu.

-Mas foi um golo meu!-Disse ele a rir. Rimo-nos até não poder-mos mais. Estava a ser uma grande noite de descontracção.

-Fogo tens de comprar o jogo mais recente ou transferires-te do Benfica para o Celta de Vigo!-Disse o Garay.

-Ainda bem que não transferiu, assim valeu-nos este grande momento de risota.-Disse a Ana.

-Bem eu vou tratar do vosso quarto para eu depois ir dormir!-Disse eu.

-Eu ajudo-te!-Disse a Ana.Olhá-mos as duas para as nossas barrigas e começá-mos a rir. A minha um pouco maior que a da Ana, já que apesar de estar-mos as duas de 5 meses, eu vou ter três e ela apenas um,um menino.

-Eu ajudo-vos!-Disse a Maria.-Valha-vos a única mulher sem uma pança desse tamanho!-Disse ela, a sorrir.

-Obrigada!-Disse eu.

Lá fomos as três fazer as camas onde iam dormir a Ana e o Garay esta noite.
Depois de tudo arranjado despedi-me delas e fui dormir. O Nolito ainda permanecia na sala com os restantes rapazes quando eu acabei por adormecer.


No dia seguinte:
Acordá-mos por volta do 12h. Ontem a noite tinha sido muito divertida mas tínhamos-nos deitado muito tarde. Acordei com beijos do Nolito.
-Buenos Dias mi amor!-Disse o Nolito.

-Buenos Dias!-Disse eu, dando-lhe um beijo.

-Daqui a bocado já é buenas tardes!-Disse ele.

-Está-se aqui tão bem!-Disse eu, aninhando-me a ele.

-Pois está! Mas tenho de ir fazer o almoço!-Disse ele.

-Vamos lá!-Disse eu.

Fomos até à cozinha onde já estavam o meu irmão e a Maria a tratar do almoço. Não nos deixaram fazer nada, queriam nos compensar pela estadia.
1 hora depois o almoço estava feito. Almoçá-mos, arrumá-mos tudo e depois começaram as despedidas. Estava na hora de eles voltarem à rotina do dia-a-dia.
-Passou tão depressa esta semana!-Disse eu, abraçando o meu irmão e a Maria ao mesmo tempo.

-E eu, e eu?-Perguntava o Tiago aos pulos no chão.

-Também queres um abraço é?-Perguntei eu.

-Sim, sim!-Disse ele, baixei-me ao nível e dei-lhe um abraço.
-Que bom!-Disse eu dando-lhe depois um beijo na bochecha. Eles despediram-do restante pessoal.

-Vá portem-se bem!-Disse o meu irmão, e saiu de casa.todos 

Umas horas depois...
Estava-mos a divertir-nos os quatro no jardim e na piscina quando recebi um telefonema de um número local mas que eu não conhecia.
-Estou!-Disse eu.
...
-Sim, sou!
...
-Mas eles estão bem?-Perguntei eu assustada e fazendo despertar as atenções para o meu telefonema.
...
-Não podem dar mais informações por telefone?-Perguntei eu.
...
-E é aqui no de Vigo?-Perguntei eu.
...
-Então eu vou já para aí!-Disse eu desligando a chamada.


-O que é que aconteceu?-Perguntou o Nolito preocupado. Eu estava assustada, sem qualquer reacção e sem saber o que fazer.
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Olá a Todas!
Espero que tenham gostado!
Que acharam da visita do Garay e da Ana? Gostaram deste casal? E da disputa na Play Station entre o Garay e o Nolito? E da estadia do irmão, da Maria e do pequeno Tiago? E este telefonema, quem será? Será algo grave?
Deixem os vossos comentários!
Besos!