-E agora vou te dar uma das minhas prendas.-Disse o Nolito, assim que chegá-mos à porta de casa.
-Mais surpresas?Hoje já tivemos três.-Disse eu.
-Sim.-Disse ele,metendo a chave à porta.
-O que é?-Perguntei mas tive logo a minha resposta.
-Surpresa!-Gritaram de dentro de casa. Assim que olhei para a sala vi a minha família, a do Nolito e amigos meus, alguns deles que já não via há muito tempo.
-Foste tu que preparas-te isto tudo?-Perguntei ao Nolito, olhando para tudo à minha volta: decoração, mesa cheia de coisas boas, os convidados.
-Sim!-eu sorri-Mas com uma pequena ajuda.-Disse ele apontando para a Joana.
-Olha que dois! Só podia!-Disse eu.
-E a minha ajuda não foi assim tão pequena.-Disse a Joana, a sorrir.
-Sim ela tem razão! Eu só tive a ideia.-Disse o Nolito.
-Não interessa. Obrigada aos dois!-Disse eu., abraçando os dois.
De seguida cumprimentei todas as pessoas que lá estavam. Como era um lanche deu para andar a saltar de cadeira em cadeira e para ir falando com todas as pessoas. Deixei passar 1 hora para que tudo estivesse mais calmo para chamar a minha mãe à parte porque eu tinha de lhe contar a novidade, não aguentava mais tempo. Não tinha era dito nada ao Nolito, ele de certeza que queria contar também aos pais. Fiz sinal à minha mãe e ela seguiu-me. Fomos até a um quarto.
-Que se passa filha?-Perguntou a minha mãe, assim que entrá-mos no quarto.
-Tenho uma coisa para te contar.-Disse eu.
-Conta!-Disse ela.
-Vou directa ao assunto: Vais ser avó!-Disse eu.
-Eu avó?-Perguntou ela.
-Sim, eu estou grávida.-Disse eu.
-Eu não te avisei-Disse ela.
-Eu sei que avisas-te! Ainda por cima foi na lua de mel.-Disse eu.
-Parabéns!-deu-me um abraço-Isso começa a ser coisa de família!-Disse ela.
-Coisa de família?Como assim?-Perguntei eu.
-Tu foste feita na noite de núpcias minha e do teu pai.-Disse ela.
-Que giro!-E ainda não tinha contado o resto, estava a começar a perder a coragem-Mas há mais novidades, não é só um.-Disse eu. Ele olhou para mim com ar de espantada e sem dizer nada durante uns minutos.
-São gémeos?-Perguntou.
-Não. -Ela olhou para mim com um ar como que se respirasse de alivio.-São trigémeos.-Disse eu, fazendo-a ficar espantada.
-São três? Isso é uma coisa que não acontece todos os dias.-Ela estava ainda com um ar sério e eu não sabia o que dizer.-Vai ser lindo teres três minimeus aqui em casa todos iguais.-Disse ela esboçando finalmente um sorriso.
-Isso quer dizer que tenho o teu apoio?-Perguntei eu. Ter o apoio da minha mãe era muito importante.
-Claro que sim!Não é fácil cuidar de uma criança, então três.Mas eu vou estar aqui para te ajudar em tudo o que precisares.-Disse ela.
-Ainda bem! Era mesmo isso que eu precisava de ouvir.-Disse eu dando-lhe um abraço. E assim nos mantive-mos durante uns minutos. Os abraços da minha mãe era muito bons, eram "a cura" para qualquer mal meu. Nisto fomos interrompidas pelo Nolito que bateu à porta.
-Posso?-Perguntou ele.
-Claro!-Disse a minha mãe.
-Algumas pessoas que estão lá em baixo vão se embora e querem-se despedir de ti.-Disse ele.
-Ok. Vamos então!-Entretanto a minha mãe já tinha descido.
-Estives-te a contar à tua mãe?-Perguntou ele.
-Sim! Desculpa!-Disse eu.
-Não faz mal! Eu também fiz o mesmo!-Disse ele, a sorrir.
-A minha mãe adorou a ideia dos três minimeus.-Disse eu.
-A minha também. Minimeus?-disse a sorrir-Acho que os vou passar a chamar assim enquanto não arranjar-mos nomes.
Entretanto despedimo-nos das pessoas que foram embora. Apenas ficou a minha mãe e os pais do Nolito.
-Parabéns!-Disse a minha mãe.
-Parabéns!-Disse os pais do Nolito.
-Obrigada!-Disse eu e o Nolito.
-Bem está na hora de ir!Tenho um avião para apanhar.-Disse a minha mãe.
-Nós também temos de ir!-Disseram os pais do Nolito
Levámos-os à porta e voltá-mos à sala, onde eu me mandei logo para o sofá, estava muito cansada, tinha sido um dia cheio de surpresas.
-Agora nós!-Disse o Nolito.
-Ui o que é que vem daí?-Perguntei eu.-Aviso já que estou super cansada.-Disse eu.
-Mas isso não é problema!-Disse ele, pegando-me ao colo.-Credo! Que peso!-Disse ele, a rir.
-Parvo! Então daqui a mais uns meses ainda mais pesada vou estar.-Disse eu a rir.-Mas onde é que vamos?-Perguntei quando ele começou a andar comigo ao colo para fora de casa.
-A um sítio!-Disse ele poisando-me no chão para abrir a porta do carro.
Entrei no carro e fechei a porta. Enquanto o Nolito deu a volta e entrar no lugar de condutor.
Conduziu durante mais de 30 minutos até àquilo que me parecia ser uma praia. Era a praia onde estivemos no dia em que nos conhecemos! Era a nossa praia!
Saímos do carro e deparei-me com um ambiente lindo! Tinha flores na areia a marcar o caminho ate ao meio da praia onde estava instalados uns sofás envoltos num ambiente bastante calmo.
Caminhá-mos até lá mas quando lá cheguei reparei em algo mais. Ao lado estava um lindo coração em areia com uma caixa por cima.
-Aquilo é para mim?-Perguntei eu.
-Fogo viste-a logo! Sim é para ti!-Disse ele.
-E agora como é que chego lá?-Perguntei eu sentando-me na areia.
-Se desmanchares isso não faz mal.-Disse ele. E assim fiz, estiquei-me e lá alcancei a caixa sem estragar nada. Abri e vi uma caixa de chocolates.
-Chocolates?? Adoro!!-Disse eu ao mesmo tempo que pensava se seria só aquilo a minha prenda e fechei a caixa.
-Não viste tudo!-Disse o Nolito.
-Há mais? Onde?-Perguntei eu. Sentando-me nos sofás e comendo um chocolate.
-Aqui!-Disse o Nolito. Olhei com mais atenção e reparei num fio que estava à volta da caixa. Tirei-o logo para fora.
-Nolliittooo!!
-Não gostas-te?-Perguntou ele sentando-se no outro sofá.Enquanto eu continuava a olhar para o fio que era lindo e a devorar os chocolates.
-Adorei!! Mas explica-te!-Disse eu.
-Então esses são os nossos 3 minimeus. E 2 rapazes e 1 rapariga porque é o meu palpite. Mas em casa tenho lá mais pendentes para o caso do meu palpite falhar poderes trocar.-Disse o Nolito.
-Pensas-te em tudo!-Disse dando-lhe um beijo.-Mas se não te importares só vou usar quando eles nascerem. Quero ver se tudo corre bem primeiro.-Disse eu.
-Tu é que sabes mas tudo vai correr bem!-Disse ele.
Estive-mos algum tempo a namorar até o que o Nolito se lembrou de querer um chocolate. Ia indo tarde porque já só havia mais um chocolate.
-E um chocolate para mim, não há?-Perguntou ele.
-Toma!-Disse eu, dando-lhe a caixa.
Depois de comer o chocolate voltou à recarga. Começou-me a beijar o ombro, o braço e aproximou os lábios dele aos meus. Veio-me logo o cheiro ao chocolate que ele tinha estado a comer. Aquele cheiro deixou-me enjoada e por muito que eu não quisesse tive de pedir ao Nolito para parar.
-Para! Para quieto!-Disse eu, já depois de ele me dar o beijo.
-O que é que se passa?-Perguntou ele.
-É o cheiro a chocolate. Estou mal disposta, comi chocolates a mais.-Disse eu.
-Não acredito nisto! Logo agora!-Disse o Nolito mandando-se para a areia a rir.-Vamos embora então?-Perguntou ele.
-Sim é melhor! Mas se quiseres ainda podes ir dar um mergulho para refrescar essas ideias que estavas a ter.-Disse eu.
-Que engraçadinha!-Disse o Nolito.
Saímos da praia e fomos directos ao carro. Assim que entrá-mos em casa fui logo a correr para a casa de banho.
[NOLITO]
Durante o caminho até casa a Sofia via-se que estava mesmo com cara de quem estava mal disposta. Assim que entrou em casa correu logo para a casa de banho. E pronto, começaram os enjoos.Fui à cozinha buscar um copo de água e fui ter com ela à casa de banho. Assim que lá cheguei, ela já estava a sair.
-Começaram os enjoos!-Disse ela.
-Então? Melhor?-Perguntei eu.
-Sim. -Disse ela.
-Bem vou dormir estou cansada.-Disse ela.
-Eu também vou.-Disse eu.
Vestimos os nosso pijamas e deitámos-nos agarradinhos um ao outro.
-Desculpa! Mas isto agora vai ser assim durante os primeiros meses. Isto e provavelmente desejos.-Disse ela.
-Não faz mal! Não penses nisso. Tudo vai compensado quando esses três minimeus saírem cá para fora!-Disse eu,olhando para a barriga dela e fazendo lhe festas.
Estive alguns minutos assim a falar para eles e a fazer festas na barriga da Sofia enquanto que ela ia ouvindo muito atenta mas sem dizer nada, apenas sorria, até que acabou por adormecer.