Assim que consegui ver quem estava do outro lado da porta, fui logo ter com o Nolito.
-Mas este não é o teu irmão?-Perguntou-me o Nolito baixinho. A minha cara de espanto era a resposta à pergunta dele. O meu irmão que saiu de casa com 20 anos e quanto eu tinha 14 estava ali, mesmo à minha frente. As feições não tinha mudado, estava igual apesar de agora já ter mais 10 anos do que naquele dia que o vi pela última vez. A minha vontade era de o mandar embora porque sei que ele fez algo de mau aos meus pais, algo que eles nunca me quiseram contar, mas ao mesmo tempo tinha vontade de o abraçar, é o meu irmão.
-Sim.-Disse a gaguejar.-Mas o que é que fazes aqui?-Perguntei eu, tentando assumir uma atitude assumir uma postura mais rígida.
-Eu só quero falar contigo. Andei durante anos à tua procura. Deixa-me falar contigo.-Pedia ele.
-Entra!-Disse eu, tomando a decisão de o deixar entrar para perceber o que se passou durante estes anos.
-Eu vou vos deixar a sós!-Disse-nos o Nolito.-Alguma coisa estou lá dentro.-Disse ele, agora para mim.
-Senta-te!-Disse eu, sentando-me no sofá.
-Posso começar ou queres dizer alguma coisa primeiro?-Perguntou ele.
-Podes.Eu só quero saber o porque de nunca teres querido saber da nossa família e de mim.-Disse eu.
-Não querer saber de ti?Eu procurei-te durante anos.-Disse ele.
-Mas a mãe disse que tu não querias saber de nós, que tinhas ido fazer a tua vida longe de nós.
-E fui. Mas eu sempre quis manter o contacto contigo mas a mãe nunca mais me deixou entrar lá em casa nem me chegar perto de ti.-Disse ele.
-Então quer dizer que sais-te de casa? Mas foste para onde?-Perguntei eu.
-Para uma casa que eu tinha. E uns anos depois, como fiquei desempregado e não arranjei trabalho e descobri que já tinhas saído de casa, já não tinha mais nada que me prendesse a Portugal, fui para Madrid onde estou até hoje.-Disse ele.
-Então quer dizer que nunca desistis-te de me procurar?-Perguntei, tentando perceber se ele estava a dizer toda a verdade. Mas se era verdade, porque é que a minha mãe nunca me deixou procurá-lo e sempre me disse que ele não queria saber de nós? Esta era a pergunta que mais ecoava na minha cabeça.
-Não! Nunca!
-Mas porque é que sais-te de casa?-Perguntei eu.
-Discussões com a mãe por causa do pai. Mas se quiseres saber mais pormenores vai ter de ser ela a dizer-te.
-Pois. Vou ter de ter uma conversa com a mãe. E como é que me descobris-te aqui?-Perguntei.
-Através das revistas. Mas só agora é que pude vir até aqui. E confesso que ao mesmo tempo tinha algum medo que não quisesses falar comigo.-Disse ele.
-Eu sempre quis falar contigo. Mas parece que fui guiada por uma mentira.-Disse eu.
-Agora não penses nisso. Eu estou aqui! E estarei sempre a partir de hoje, se quiseres.-Disse ele.
-Obrigada por trazeres a verdade.-Disse eu, abraçando-o. Depois daquele abraço fiquei um pouco pensativa.
-Em que é que estás a pensar?-Perguntou ele.
-Tenho de ir falar com a mãe. Quero saber tudo!-Disse eu.
-Estás a pensar ir falar com ela quando?-Perguntou ele.
-Eu vou hoje para Vigo. Assim que passar a apresentação do Nolito ao Celta de Vigo e os exames médicos, eu vou para Lisboa.-Disse eu.
-Então fica com o meu contacto para nos voltarmos a ver.-Disse ele.
-Eu queria te pedir uma coisa.-Disse eu.
-Diz.
-Podes vir comigo a Lisboa?-Ele ficou bastante pensativo.-Eu sei que deve ser difícil mas...-Eu não consegui acabar de falar porque ele me interrompeu.
-Não digas mais nada! Eu vou!-Disse ele.
-Obrigada! Então eu amanhã ligo-te para combinar-mos tudo.-Disse eu.
-Ok. Então eu vou andando. Não quero interromper mais as vossas arrumações.Até daqui a dois ou três dias então.
Despedi-me do meu irmão, levei-o à porta e fui à procura do Nolito. Ele estava na cozinha
com o jantar já na mesa.
-Já tens o jantar pronto?-Perguntei.
-Já!
-Desculpa a minha demora.-Disse eu.
-Não faz mal.Vocês tinham muito para esclarecer.-Disse o Nolito.
-Eu depois conto-te tudo.-Disse eu.
-Não é preciso. Eu ouvi tudo.-Disse ele.
-Seu cusco.-Disse eu.
-Tens a certeza que queres ir a Lisboa?-Perguntou ele.
-Sim tenho de esclarecer isto tudo.-Disse eu.
-Eu vou contigo!-Disse ele.
-Não vais nada! Eu vou daqui a dois dias, tu já começas os treinos.-Disse eu.
-Pois é! Mas promete que não te enervas!?
-Eu prometo!-Disse eu.
Depois desta conversa. jantá-mos muito calmamente mas depois da cozinha arrumada fomos logo dormir porque estávamos cansados.
No dia Seguinte....
Acordá-mos às 12 horas, almoçamos e trouxemos as nossas malas para a porta.
-Pronta?-Perguntou o Nolito.
-Vou ter saudades! Foi em Granada que te conheci e nesta casa que estivemos durante algum tempo.-suspirei.-Mas vamos começar uma nova vida!-Segurei na minha mala, olhei mais uma vez à volta e sai de casa e o Nolito fez o mesmo a seguir.
De casa fomos para o aeroporto onde tinha-mos um avião para apanhar para Vigo. Passado 1 hora aterrámos em Vigo.
Assim que aterrá-mos fomos buscar as nossas malas e apanhá-mos um táxi para onde ia passar a ser a nossa nova casinha. 20 minutos depois o taxi parou em frente a ela.
Parte de trás da casa
Retirá-mos as malas do taxi e entrá-mos em casa. Eu nunca tinha visto como ia ser a nossa casa. Assim que o Nolito abriu a porta, fiquei espantada. Era muito maior e mais bonita que a outra em Granada.
-É Linda!-Disse eu.
-Ainda nem viste quase nada.-Disse o Nolito.
-Mas é muito maior.-Disse eu.
-Tinha de ser! Com esses três minimeus a caminho precisamos de espaço.-Disse ele.
-Mas vai ver o resto!-Disse ele. E assim fiz, dei a volta à casa toda.
Nosso quarto
Casa de banho do nosso quarto
Quarto de hóspedes
Sala
Cozinha
Sala de Jantar
-Só faltam dois quartos!-Disse o Nolito. E abri uma das portas que me faltava. Era simplesmente lindo!!
-É o quarto dos nossos três minimeus!É Lindo!-Disse eu.
-Agora falta o do lado!Vai ser quarto deles também mas quando crescerem.-Disse o Nolito. Fui logo a correr e também era lindo.
-Lindo! Pensas-te em tudo!-Disse eu dando-lhe um beijo.
-Agora continua aí a admirar a nossa casinha que eu tenho de ir para a apresentação.-Disse o Nolito.
-Boa Sorte!-Disse eu.
O Nolito saiu e eu aproveitei para ligar ao meu irmão para combinar a nossa ida a Lisboa.
Combiná-mos para o dia seguinte à 15 horas a nossa ida a casa da nossa mãe para esclarecermos tudo. Ela não sabia de nada, íamos aparecer lá de surpresa.
Assim que desliguei a chamada fui ligar o computador e assisti à apresentação do Nolito através do canal do Celta.
A apresentação correu bem, ele estava feliz e os adeptos do celta também estavam contentes com a chegada dele.
Passado 30 minutos ele já estava em casa.
-Princesa? Onde estás?-Perguntou ele assim que entrou.
-No jardim!-Disse eu.
-Viste?-Perguntou ele, assim que chegou ao pé de mim.
-Sim pela Internet. Estives-te muito bem, os adeptos estavam muito contentes.
-Agora só espero que corra tudo bem nos treinos e em campo.
-Vai correr! Olha amanha às três vou para Lisboa.-Disse eu.
-Espero que isso também corra bem! Tens medo que algo corra mal?
-Só medo de que a minha mãe não tenha razão nenhuma no meio desta história toda e de ficar com a certeza de que ela me mentiu este tempo todo e que, por isso, estive este tempo longe do meu irmão.-O Nolito nada disse, apenas me deu um abraço reconfortante e eu aninhei-me a ele.
Não esperava o aparecimento de um irmão.
ResponderEliminarE a casa é linda.
Vamos agora ver como corre a conversa com a mãe dela.
Beijinhos
Fantástico...
ResponderEliminarQuero mais... Tou super curiosa para ver o próximo...
Continua...
Finalmenteeeeeeeeee! Consegui repor os capítulos desta tua fic! xD
ResponderEliminarBem, o que tenho a dizer acerca dos capítulos é só que adoreiiiii! Estou a gostar bastante do rumo da história!
A casa nova é linda! E agora vamos ver como corre esta ida a Lisboa e a conversa! Espero que tudo corra bem, e cuidado que a Sofia não se pode enervar! Não quero que acontece nada aos minimeus!
Beijinhos*
Mónica
Olá Adorei!!!
ResponderEliminarGrande casarão :O...tb quero :P.
Próximo sff :)